Zumbido e DTM: Causas, Avaliação e Abordagem Terapêutica
O zumbido nos ouvidos e a disfunção temporomandibular (DTM) são condições que, apesar de parecerem distintas, muitas vezes apresentam uma relação clínica importante. Pacientes que sofrem de DTM frequentemente relatam zumbido, o que pode piorar em períodos de dor intensa e impactar significativamente a qualidade de vida. Compreender essa conexão e buscar uma avaliação adequada é fundamental para o manejo e o tratamento eficazes.
Existem vários subtipos e subclassificações de zumbido, incluindo:
- Objetivo ou subjetivo;
- Único ou múltiplo;
- Recente ou persistente;
- Esporádico ou contínuo;
- Pulsátil ou não pulsátil;
- Uni ou bilateral;
- Localizado na cabeça.
A gravidade da dor crônica por DTM está associada a níveis mais elevados de depressão e à presença de zumbido. Acredita-se que exista uma interação somatossensorial que explique a relação entre zumbido e DTM. Provavelmente, alterações nos padrões de inibição e excitação das conexões entre as vias auditivas e somatossensoriais, associadas ou não à perda auditiva, contribuem para a modulação do zumbido. Clinicamente, observa-se que quando a dor aumenta, o zumbido também se intensifica, e vice-versa.
Avaliação da Modulação Somatossensorial
Verificar a presença dessa modulação requer uma avaliação detalhada por um especialista em DTM. O processo inclui:
- Anamnese: Identificar as queixas principais de dor e zumbido, incluindo características como início, frequência, duração, qualidade, intensidade, localização e fatores que pioram ou melhoram os sintomas.
- Exame físico intrabucal: Excluir condições dentárias que possam justificar a dor.
- Exame físico extrabucal: Palpação e testes de provocação dos músculos mastigatórios e da ATM para reproduzir a queixa de dor e modulação do zumbido.
- Exames complementares: Audiometria tonal limiar e de altas frequências, além de questionários sobre o impacto do zumbido na qualidade de vida.
Enfoque Terapêutico Multidisciplinar
O tratamento deve ter uma abordagem multidisciplinar, envolvendo cirurgião-dentista, otorrinolaringologista, fonoaudiólogo, psicólogo e fisioterapeuta. Esse trabalho em equipe aumenta as chances de sucesso e melhora a qualidade de vida do paciente, mesmo que as queixas não sejam totalmente eliminadas.
Com a melhora na qualidade de vida, mesmo que parcial, o tratamento pode ser considerado bem-sucedido.
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